sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Todos os dias Deus nos dá mais uma chance, uma folha em branco, para escrevermos um novo dia, uma nova história...Deus nos dá um novo dia... um novo fôlego, uma nova força...
Alegre-se pelo dia de hoje... Você acordou, não importa se o dia está frio ou quente, ensolarado ou nublado, mas é um novo dia de vida... Você está vivo!!
Alegrai-vos em Deus!! Ele é quem te dá forças para vencer!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

segunda-feira, 5 de agosto de 2013
PRIMEIRO CAPÍTULO DO MEU LIVRO, UM PEDACINHO DA MINHA HISTÓRIA...
A DEPRESSÃO NA MINHA ADOLESCÊNCIA.
Tive uma adolescência muito difícil. Não porque tivesse uma vida difícil ou porque me faltasse algo. Pelo contrário, eu tinha tudo: pais amorosos e maravilhosos, uma boa família, saúde, uma boa casa para morar. Sempre tivemos carro e tudo que precisávamos, mas assim mesmo eu era uma pessoa muito complicada e tinha muitos complexos.Os sintomas de complexos de inferioridade invadiam meu interior. Em relação a minha pessoa, eram pensamentos irracionais, ilusórios e as mentiras se vestiam de verdades dominando a minha mente. Tinha complexo de tudo, me achava feia, pois usava aparelho nos dentes, óculos de grau, era magérrima e alta para minha idade. Às vezes servia de chacota para meus “colegas” de escola que me chamavam de Olívia palito, pau de sebo, pau de virar tripa, saracura e muitos outros, além dos apelidos que me davam por causa dos meus dentes que eram para fora, como: bocão, dentuça, bico e beiçuda.Eu não tinha muitas amigas e para conquistá-las tinha que usar de muita criatividade, como por exemplo, inventava brincadeiras em que fazia papel de atriz e imitava caipira, fazia papel de menino, de velhinha banguela, e de muitos outros personagens, promovia concursos de beleza, e para fazê-las rir com minhas graças, eu fazia de tudo para ser engraçada e chamar atenção.Eu tinha muito complexo, pois nenhum menino gostava de mim. Meu sonho era ser gordinha, corada, ter cabelos compridos e louros e é claro, lindos olhos azuis, pois era esse tipo de menina que os meninos olhavam e que recebiam maior atenção da professora. Isso tudo aconteceu desde a pré-escola até a oitava série.Depois que comecei a entrar na adolescência, meu corpo começou a se formar, o aparelho começou a corrigir meus dentes, mas o mal já estava feito. Eu tinha me tornado uma pessoa muito triste pelos complexos de infância. O meu caráter formado pela linguagem do mundo já tinha tomado conta da minha identidade. Além de tudo, eu sempre tive muito ciúme da minha irmã mais nova, pois ela era exatamente como eu queria ser: Gordinha, corada, cabelos lisos e louros. Todos apertavam a bochecha dela e diziam: “Que linda, que bochechuda, que batatinha!”, e para mim perguntavam: Você é menina ou menino?Talvez um sentimento interior que eu desconhecia, um sentimento de querer que minha irmã sumisse, fez com que, aos seis anos, eu tentasse enforcá-la, em uma simples brincadeira de mau gosto. Um dia, meus pais estavam trabalhando, e minha avó paterna estava cuidando de nós duas. Ela estava estendendo roupas, minha tia lavando louças dentro de casa e nós duas estávamos encostadas na janela olhando minha avó estender roupas. Minha irmã era baixinha e tinha apenas três anos. Havia uma corda dessas de varal amarrada na janela onde estávamos encostadas. De repente eu comecei a amarrar no pescoço dela e quando a corda acabou, comecei a puxar e puxar. Lembro-me de que não fiz com maldade, mas de repente vi que ela estava suspensa do chão e que estava ficando roxa. Foi quando ela começou a bater a cabeça na parede que eu tentei ajudá-la, mas não aguentava o seu corpo, pois ela era muito gordinha. Minha tia, ouvindo o barulho, veio correndo e a desamarrou. Graças a Deus nada de mal aconteceu a ela, mas eu fiquei de castigo e com um sentimento de culpa que fazia com que eu me achasse uma pessoa muito má, e este sentimento de culpa, é um dos que fazem que entremos em depressão. Talvez, naquele tempo, eu já enfrentasse transtornos depressivos que atingem a infância e até a velhice. Talvez por causa da minha personalidade, que desde criança foi sempre muito melancólica e sensível, eu sempre sofria muito com os problemas das pessoas, e vivia as situações boas e ruins com muita intensidade. Esses complexos me faziam ter uma rebeldia interior, o que me deixava sempre triste, mas não revelava estes sentimentos para ninguém, nem mesmo para os meus pais.Reclamava de tudo, nada estava bom, era mimada, era muito infeliz, estava sempre de mau humor, só tinha vontade de dormir e para mim tudo era um tédio, tudo era monótono. Tinha tudo, mas não me dava conta disso.Nasci numa família evangélica, conhecia tudo sobre Jesus, era uma cristã convencida, mas não convertida. Convencida, porque havia me convencido de que Jesus era o único que podia me salvar, mas não era convertida, pois ouvia a palavra de Deus, mas não confiava verdadeiramente em suas promessas. Não havia deixado Deus mudar meus complexos e anseios em paz e alegria. Filho de peixe é peixinho, mas filho de cristão não é cristãozinho. Tem que haver um encontro íntimo e pessoal com Deus em cada um de nós, pois cada pessoa prestará conta a Deus de seus próprios atos. Todos precisam confessar Jesus como Senhor e Salvador de sua alma.A primeira depressão que aconteceu comigo foi em minha adolescência, em meio às desilusões da vida, sonhos desfeitos, castelos desmoronados, mas aprendi que Deus guarda em perfeita paz aquele cujo propósito está firme e confia Nele.Foi aí que começaram minhas experiências inéditas com Deus, quando ele fechou uma porta, para abrir a porta Dele. Temos que acreditar que Deus cuida de nós. Ele é tão bom e fiel, que sabe do que precisamos. Então Ele me abriu os olhos, colocando em meu caminho o meu príncipe encantado, que contribuiu para me aproximar verdadeiramente de Deus e conhecer Sua vontade para minha vida.Aos dezesseis anos fui morar nos Estados Unidos, com meus tios e primos que moram na Califórnia há mais de vinte anos. Fiquei lá durante um ano. Minha tia Eunice era pastora de uma igreja latina. Ela e sua família foram uma bênção em minha vida. Apesar de meu tio Valdir ser muito enérgico, ele me ensinou muitas coisas, como: ser ordeira, responsável e boa dona de casa. Minha prima Juliana foi a melhor amiga que já tive. Nós éramos quase como irmãs e meu primo Vladmir, como um irmão mais velho. Hoje minha tia é missionária e médica assistente. Uma mulher admirável! Ela também tem um livro publicado, e viaja pelo mundo todo pregando o evangelho. Ela me ensinou muitas coisas na vida, como ser perseverante, como pregar o evangelho em toda oportunidade que Deus nos prepara e amar o próximo como a mim mesma, palavras que Jesus nos ensina em Sua Palavra, mas minha tia me ensinou através das lutas diárias porque passou, algumas das quais eu presenciei. Ela me ensinou que o amor vence tudo, até o ódio; que o amor amontoa brasas vivas na cabeça do inimigo; que o amor constrange. E todas as vezes que as pessoas lhe faziam mal ou lhe ofendiam, ela retribuía com esta frase: Jesus te ama! Como aprendi esta lição e nunca vou esquecê-la!Sempre tive mania de americana, sempre tive uma paixão inexplicável pelos Estados Unidos, e quando estava lá, apaixonei-me mais por aquele país e tinha decidido que iria ficar lá para sempre. Mas não sabia o que Deus havia escrito nas páginas do meu futuro.Conheci um rapaz na escola e fiquei apaixonada por ele. Foi meu primeiro namorado, o tempo de namoro foram uns cinco meses e na época, com muita ilusão, até planejava em meus pensamentos, casar-me com ele um dia.
Esse rapaz, apesar de exteriormente ser muito bonito, não era o que eu tinha pedido a Deus. Não tínhamos um namoro com compromisso sério, não tínhamos muito tempo para ficar juntos, não tive oportunidade de conhecê-lo muito bem, nem de conhecer sua família, não compartilhávamos dos mesmos ideais e dos mesmos sonhos. Nossos mundos eram completamente distintos. Tudo isso me fazia recordar de quando eu tinha nove anos de idade e fiz uma lista para Deus e nela dizia como eu queria que fosse meu esposo. Foi minha mãe que me ensinou a fazê-la e orar pela mesma, agradecendo a Deus pelo esposo que Ele já havia preparado para mim, um homem segundo o coração de Deus. E um dos meus pedidos a Deus, era que eu queria que meu esposo tivesse a sua altura superior a 1,90, para ser mais específica, que fosse quase do tamanho de uma porta, e que tivesse os olhos da cor do céu, ou do verde dos mares, para que eu os pudesse olhar todos os dias. Que tivesse os cabelos claros e que fosse claro de pele, e os requisitos interiores: que fosse meigo, gentil, amável, carinhoso, romântico, inteligente, e um servo fiel a Deus, e que tocasse violão. Quando fiz esta lista e a entreguei com fé a Deus sempre pensava: Será que existe um homem assim, que possua todas estas características? Será que um dia vou encontrar meu ungido? Mas em meu coração eu tinha confiança que o meu Deus poderia me dar um esposo assim, pois Ele é o Deus do possível.Mas, quando conheci esse rapaz nos Estados Unidos e por quem me apaixonei, percebi que ele não se encaixava em nenhum dos requisitos que eu havia especificado em minha lista. Apesar disso tudo, eu não queria enxergar. Havia me esquecido dos meus sonhos de criança e do pedido que havia feito a Deus. Mas Deus não se esquece de nossas petições. Eu me iludi, pois aquele jovem era bonito, rico, filho de mexicanos, criado nos Estados Unidos, falava inglês e espanhol, era divertido, simpático e estava apaixonado por mim. Por que não me serviria? Havia feito um mundo de ilusões em torno dele.Na adolescência, as pessoas se apaixonam tão intensamente que não conseguem enxergar o que é bom e o que é ruim. Não se importam com o que Deus preparou para elas e não confiam na sabedoria de Deus. Chegam a pensar que porque elas têm o livre arbítrio podem escolher o que quiserem e que Deus não interfere nessas coisas do coração. Como se enganam, pois Deus sabe o nosso futuro e o que é melhor para nós. Quando nossas vidas pertencem a Deus, Ele tem o controle de tudo. Desde o ventre de sua mãe, Ele já preparou a pessoa certa para você e que vai ser bênção para a sua vida. Saiba que nem um fio de cabelo de sua cabeça cai, sem que Deus permita.Você, que está lendo este livro agora, se você ainda não encontrou seu verdadeiro amor, peça-o a Deus, faça uma lista especificando seu exterior e principalmente seu interior que é o mais importante, e ore todos os dias agradecendo, como se Deus já lhe tivesse dado. Saiba que Ele tem alguém preparado para você E acredite nisso. Isso funciona, e pode ter certeza que Ele vai lhe dar o melhor. É claro que você tem o livre arbítrio, por isso tem que pedir a Deus que o ajude a discernir quando esta pessoa entrar em sua vida. Se for o propósito de Deus, tudo vai dar certo. E não se esqueça de examinar sua lista para ver se tudo se encaixa perfeitamente, pois Deus, quando traça um plano na vida de uma pessoa, Ele fecha todas as encruzilhadas que parecem o caminho certo, para abrir o portão da bênção prometida. Foi assim que Ele fez na minha vida.De repente tive que voltar para o Brasil, fechar a matrícula na escola em que estudava nos Estados Unidos e assim me despedir dos amigos e do meu namorado. No momento da despedida senti que seria para sempre.Tive que vir renovar o meu visto que havia vencido. Poderia ter ficado ilegal no país, mas meu coração não tinha paz. Eu sentia uma dor tão grande no meu coração, uma inquietude, uma ansiedade, um nó na garganta, não conseguia parar de pensar na decisão que deveria tomar. Sentia Deus me empurrando, me dizendo para voltar. Era uma luta entre meus sentimentos e a vontade de Deus. Por um lado pensava em meus estudos, meus amigos, meus tios que se haviam tornado minha segunda família, meus primos que eram como irmãos, a igreja que eu aprendera a amar, e meu namorado, que eu tinha medo de perder e nunca mais vê-lo. Mas do outro lado estavam meus pais. Não poderia viver lá sem saber quando voltaria para vê-los, e meus irmãos que eu tanto amava, meus familiares, e também não poderia estar ilegal num país, sendo que meus pais eram advogados, cumpridores e defensores da lei e da justiça. Que dúvida cruel! Que escolha deveria fazer? Eu decidi voltar. Escolhi minha família apesar de estar apaixonada. Meu amor por meus familiares era maior do que tudo na minha vida. Eu tinha fé que voltaria, mas nem imaginava o que estava por vir.Uma grande amiga minha chamada Gladys fez uma pequena despedida para mim. Meu namorado estava muito triste e me pediu muito para não voltar, pois ele sentia que eu jamais retornaria.Coloquei minha melhor roupa, fiz apenas uma mala e disse a ele que não se preocupasse, pois dentro de um mês estaríamos juntos novamente. Isso era o que eu acreditava que aconteceria.Ele me levou até o aeroporto e estava muito triste e nervoso. Despedi-me dele com lágrimas nos olhos, despedi-me de minha prima e de seu namorado que era meu amigo e melhor amigo do meu namorado também, e entrei pelos corredores do aeroporto.Olhei para trás pela última vez e ele gritou: Baby, I Love you! E entrei chorando no avião. Foi a última vez que o vi.Ele disse para minha prima: esta não volta mais. Minha prima deu de ombros, pois não sabia o que aconteceria, mas foi exatamente isso que aconteceu.Vim chorando o voo todo e perguntando a Deus porque eu estava voltando, porque eu precisava fazer isso. Ali dentro mesmo, já estava arrependida de ter entrado naquele avião, mas agora era tarde demais. Eu não entendia, naquele momento, como pude ser capaz de deixá-lo ainda que fosse por um mês. Como eu poderia ter tanta certeza de que voltaria? Bem, eu não tinha certeza, e no fundo eu sabia, por isso não entendia o que estava fazendo. Mas logo eu entenderia.Então, quando cheguei, dentro de alguns dias, fui direto para o consulado renovar meu visto. Usei todos os meus argumentos, crente de que receberia o visto, mas eles negaram. Incessantemente fui ao consulado durante seis meses, levava papéis da escola, cartas do diretor pedindo que eu voltasse para terminar os estudos, mas meu esforço era em vão. Eles negavam sempre. Deus havia fechado definitivamente, todas as portas.Foi nesses meses que eu entrei em profunda depressão. Não conseguia esquecer aquele país, não conseguia esquecer aquele rapaz e tudo isso me fazia não querer mais viver. Não entendia porque Deus havia fechado as portas.Achava que a vida terminara, pois não poder voltar para o país que eu amava, e sofrer pelo sentimento que tinha em meu coração por aquele rapaz me fazia sofrer muito.Tinha perdido toda razão de viver, tinha perdido a vontade até mesmo de ver o sol. Entrei em depressão por causa de um sonho que havia desmoronado, uma paixão que havia perdido, pois ele não me esperaria por muito tempo. Tudo isso eram coisas que eu havia desejado a vida inteira, e não poderia mais ter.Mas, não conhecia os planos de Deus. Aquilo não era o melhor para mim. Ele conhecia e conhece o futuro e eu só via o que estava debaixo do meu nariz. Lutei com Deus e cheguei a desejar a morte se não pudesse ter de volta o que achava que era o meu melhor. Tive vontade até de me suicidar, não o fiz porque o amor que tinha pelos meus pais e irmãos eram maiores que meu sofrimento e não achava justo fazê-los sofrer. Queria sofrer sozinha, lá no meu quarto, na prisão de tristezas, no calabouço de angústia que eu mesma havia feito para mim. Chorava tanto que não havia mais lágrimas nos meus olhos. Meus ossos doíam de tanto chorar e lutar com Deus. Eu dizia a Ele para não se intrometer, era meu desejo, era meu livre arbítrio, eu queria voltar. Deitada, no mármore frio, com o rosto no chão, prostrada, eu passava dias e noites chorando e chorando. Mas Deus teve misericórdia e nem se importou com a insensatez do meu querer, pois, sabia que no futuro viria a agradecer-lhe por me ter livrado de um sonho que se tornaria um pesadelo.Fiquei aproximadamente seis meses em depressão, não queria comer, nem sequer queria sair do meu quarto. Perdi sete quilos dos poucos cinquenta e dois quilos que tinha na época.Eu lhe escrevi muitas cartas, recebi umas duas ou três, ele me fez alguns telefonemas e de repente sumiu.Escrevia duas ou três cartas por semana, tentava ligar para a casa dele quase todos os dias, mas nunca me deixavam falar com ele, e minhas cartas nunca foram contestadas.O sofrimento de não saber o que estava acontecendo era consumidor.Minha tia mudara-se de casa e de cidade e também perdera o contato com ele, e eu não havia trazido nenhum telefone de minhas amigas, pois acreditava que em um mês estaria de volta.Perdi tudo. Meu namorado, amigos, estudos, igreja, minhas roupas e muitas coisas que havia comprado, e a minha maior perda eram os meus sonhos que haviam sido destruídos.Nunca soube o que aconteceu, porque ele sumiu, e nunca mais me procurou. Fiquei com um ponto de interrogação por muitos anos em minha mente. Tive que arrancar todos os meus sentimentos na marra, com todas as forças, e lutar a cada dia para esquecer o que deixara para trás e seguir adiante.Foram dias e dias de profunda dor e grande sofrimento. Por que uma pessoa que dizia que me amava tanto e que sofrera tanto com minha partida, de repente sumira de minha vida sem dizer a Deus?Para seguir adiante, fiz algumas deduções em minha mente. Ele tinha tido uma namorada que havia engravidado dele e no nosso namoro ela estava sempre tentando nos separar. Presumi que quando eu o deixei, ela deve tê-lo seduzido, e por ter tido um filho com ele talvez ele achasse melhor se casar com ela. Esses pensamentos se confirmaram depois de meses, quando recebi uma carta dela dizendo que ela havia queimado todas as minhas coisas e que era para eu esquecê-lo, pois eles iam se casar, e ela estava grávida novamente. Eu não podia acreditar nisso tudo, mas como ele não contestava, era a única verdade que eu tinha para me apoiar e deixar de sofrer por ele. Esquecê-lo foi a coisa mais difícil que tive que fazer em minha vida. Mas Deus me ajudou e vou contar-lhes como foi.Eu não entendi por muito tempo. Depois de alguns meses Deus fez uma reviravolta em minha vida e comecei a entender porque eu tive que voltar para o Brasil.Terminando as últimas páginas desse livro, descobri toda verdade. Após 20 anos, Deus me permitiu saber a verdade que por muitos anos fiquei sem saber, apenas deduzi e cri nos propósitos de Deus, mas agora com toda certeza sei que Deus fez o melhor em minha vida. No final deste livro contarei como soube a verdade e o que vim a descobrir.Até então, o que eu sabia era que Deus tinha outro plano melhor na minha vida. Tinha preparado um esposo maravilhoso para mim, que não me faria sofrer, que não me afastaria de Deus, pelo contrário, seria um instrumento usado para me aproximar mais e mais do Senhor Jesus.Um dia parei de lutar contra as ondas do mar. Cansei de lutar em vão, entreguei meus fardos e anseios a Deus e só quando lancei tudo em seus braços, veio a minha bênção. Conheci o meu ungido, que precisava ouvir sobre o Salvador do mundo, pois ele estava num mundo triste e vazio.E, apresentando a solução para seu vazio interior, Jesus mostrou-me, com todo seu poder, que Ele era também a única solução para minha depressão e que Ele tinha um plano para mim aqui no Brasil. Não adiantava eu lutar, meu príncipe encantado era brasileiro. E realmente, Ele fez uma obra completa em meu viver, salvou meu esposo, (que na época era meu namorado) e curou-me da depressão.Deus está sempre pronto a nos abençoar, mas nós, tão falhos e limitados, não enxergamos e ficamos sempre lutando, e lutando em vez de entregarmos a Ele nossos anseios.A ansiedade é como uma chuva forte, que acontece quando você não espera, e lentamente escurece um dia lindo de sol deixando o tempo tenebroso, difícil e perigosa a caminhada por causa das trovoadas que nos aterrorizam, e aí ficamos sem saída, sem visão e sem direção. O melhor a fazer é não tentar enfrentar as chuvas fortes, mas esperar tudo se acalmar.Na palavra de Deus está escrito: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Talvez você esteja vivendo momentos de chuvas fortes e não sabe que direção seguir. O melhor é esperar que Deus limpe o tempo, ilumine seu caminho e dê direção para você seguir sua vida.Foi assim que aprendi, que a depressão e a ansiedade pelo que acontecerá amanhã atrapalham o nosso dia chamado hoje.Deixei ser guiada por Deus, aprendi a obedecer a vontade Dele que é o melhor para as nossas vidas e Deus me mandou a resposta para acabar com minha ansiedade. Naquele dia radiante, deixei Deus compor a melodia da minha vida, atentei para seus planos, Ele marcou o compasso da música, retirou a pausa e deu as notas que faltavam para concluir a melodia que me traria tanta alegria, e a provação passou.Chegou o dia. Foi quando conheci o amor da minha vida. Ainda estava em depressão, mas naquele dia especial, minhas amigas e minha irmã me convenceram a sair um pouco. Eu não queria sair, mas minha mãe me levou a uma loja pra comprar uma roupa nova e bonita para ir ao casamento de um amigo. Depois de tanta insistência eu saí com elas à noite (a noite mais especial da minha vida), mas eu nem imaginava que aquela seria a noite que mudaria minha história para sempre...
CAPÍTULO
1
A DEPRESSÃO NA MINHA ADOLESCÊNCIA.
Tive uma adolescência muito difícil. Não porque tivesse uma vida difícil ou porque me faltasse algo. Pelo contrário, eu tinha tudo: pais amorosos e maravilhosos, uma boa família, saúde, uma boa casa para morar. Sempre tivemos carro e tudo que precisávamos, mas assim mesmo eu era uma pessoa muito complicada e tinha muitos complexos.Os sintomas de complexos de inferioridade invadiam meu interior. Em relação a minha pessoa, eram pensamentos irracionais, ilusórios e as mentiras se vestiam de verdades dominando a minha mente. Tinha complexo de tudo, me achava feia, pois usava aparelho nos dentes, óculos de grau, era magérrima e alta para minha idade. Às vezes servia de chacota para meus “colegas” de escola que me chamavam de Olívia palito, pau de sebo, pau de virar tripa, saracura e muitos outros, além dos apelidos que me davam por causa dos meus dentes que eram para fora, como: bocão, dentuça, bico e beiçuda.Eu não tinha muitas amigas e para conquistá-las tinha que usar de muita criatividade, como por exemplo, inventava brincadeiras em que fazia papel de atriz e imitava caipira, fazia papel de menino, de velhinha banguela, e de muitos outros personagens, promovia concursos de beleza, e para fazê-las rir com minhas graças, eu fazia de tudo para ser engraçada e chamar atenção.Eu tinha muito complexo, pois nenhum menino gostava de mim. Meu sonho era ser gordinha, corada, ter cabelos compridos e louros e é claro, lindos olhos azuis, pois era esse tipo de menina que os meninos olhavam e que recebiam maior atenção da professora. Isso tudo aconteceu desde a pré-escola até a oitava série.Depois que comecei a entrar na adolescência, meu corpo começou a se formar, o aparelho começou a corrigir meus dentes, mas o mal já estava feito. Eu tinha me tornado uma pessoa muito triste pelos complexos de infância. O meu caráter formado pela linguagem do mundo já tinha tomado conta da minha identidade. Além de tudo, eu sempre tive muito ciúme da minha irmã mais nova, pois ela era exatamente como eu queria ser: Gordinha, corada, cabelos lisos e louros. Todos apertavam a bochecha dela e diziam: “Que linda, que bochechuda, que batatinha!”, e para mim perguntavam: Você é menina ou menino?Talvez um sentimento interior que eu desconhecia, um sentimento de querer que minha irmã sumisse, fez com que, aos seis anos, eu tentasse enforcá-la, em uma simples brincadeira de mau gosto. Um dia, meus pais estavam trabalhando, e minha avó paterna estava cuidando de nós duas. Ela estava estendendo roupas, minha tia lavando louças dentro de casa e nós duas estávamos encostadas na janela olhando minha avó estender roupas. Minha irmã era baixinha e tinha apenas três anos. Havia uma corda dessas de varal amarrada na janela onde estávamos encostadas. De repente eu comecei a amarrar no pescoço dela e quando a corda acabou, comecei a puxar e puxar. Lembro-me de que não fiz com maldade, mas de repente vi que ela estava suspensa do chão e que estava ficando roxa. Foi quando ela começou a bater a cabeça na parede que eu tentei ajudá-la, mas não aguentava o seu corpo, pois ela era muito gordinha. Minha tia, ouvindo o barulho, veio correndo e a desamarrou. Graças a Deus nada de mal aconteceu a ela, mas eu fiquei de castigo e com um sentimento de culpa que fazia com que eu me achasse uma pessoa muito má, e este sentimento de culpa, é um dos que fazem que entremos em depressão. Talvez, naquele tempo, eu já enfrentasse transtornos depressivos que atingem a infância e até a velhice. Talvez por causa da minha personalidade, que desde criança foi sempre muito melancólica e sensível, eu sempre sofria muito com os problemas das pessoas, e vivia as situações boas e ruins com muita intensidade. Esses complexos me faziam ter uma rebeldia interior, o que me deixava sempre triste, mas não revelava estes sentimentos para ninguém, nem mesmo para os meus pais.Reclamava de tudo, nada estava bom, era mimada, era muito infeliz, estava sempre de mau humor, só tinha vontade de dormir e para mim tudo era um tédio, tudo era monótono. Tinha tudo, mas não me dava conta disso.Nasci numa família evangélica, conhecia tudo sobre Jesus, era uma cristã convencida, mas não convertida. Convencida, porque havia me convencido de que Jesus era o único que podia me salvar, mas não era convertida, pois ouvia a palavra de Deus, mas não confiava verdadeiramente em suas promessas. Não havia deixado Deus mudar meus complexos e anseios em paz e alegria. Filho de peixe é peixinho, mas filho de cristão não é cristãozinho. Tem que haver um encontro íntimo e pessoal com Deus em cada um de nós, pois cada pessoa prestará conta a Deus de seus próprios atos. Todos precisam confessar Jesus como Senhor e Salvador de sua alma.A primeira depressão que aconteceu comigo foi em minha adolescência, em meio às desilusões da vida, sonhos desfeitos, castelos desmoronados, mas aprendi que Deus guarda em perfeita paz aquele cujo propósito está firme e confia Nele.Foi aí que começaram minhas experiências inéditas com Deus, quando ele fechou uma porta, para abrir a porta Dele. Temos que acreditar que Deus cuida de nós. Ele é tão bom e fiel, que sabe do que precisamos. Então Ele me abriu os olhos, colocando em meu caminho o meu príncipe encantado, que contribuiu para me aproximar verdadeiramente de Deus e conhecer Sua vontade para minha vida.Aos dezesseis anos fui morar nos Estados Unidos, com meus tios e primos que moram na Califórnia há mais de vinte anos. Fiquei lá durante um ano. Minha tia Eunice era pastora de uma igreja latina. Ela e sua família foram uma bênção em minha vida. Apesar de meu tio Valdir ser muito enérgico, ele me ensinou muitas coisas, como: ser ordeira, responsável e boa dona de casa. Minha prima Juliana foi a melhor amiga que já tive. Nós éramos quase como irmãs e meu primo Vladmir, como um irmão mais velho. Hoje minha tia é missionária e médica assistente. Uma mulher admirável! Ela também tem um livro publicado, e viaja pelo mundo todo pregando o evangelho. Ela me ensinou muitas coisas na vida, como ser perseverante, como pregar o evangelho em toda oportunidade que Deus nos prepara e amar o próximo como a mim mesma, palavras que Jesus nos ensina em Sua Palavra, mas minha tia me ensinou através das lutas diárias porque passou, algumas das quais eu presenciei. Ela me ensinou que o amor vence tudo, até o ódio; que o amor amontoa brasas vivas na cabeça do inimigo; que o amor constrange. E todas as vezes que as pessoas lhe faziam mal ou lhe ofendiam, ela retribuía com esta frase: Jesus te ama! Como aprendi esta lição e nunca vou esquecê-la!Sempre tive mania de americana, sempre tive uma paixão inexplicável pelos Estados Unidos, e quando estava lá, apaixonei-me mais por aquele país e tinha decidido que iria ficar lá para sempre. Mas não sabia o que Deus havia escrito nas páginas do meu futuro.Conheci um rapaz na escola e fiquei apaixonada por ele. Foi meu primeiro namorado, o tempo de namoro foram uns cinco meses e na época, com muita ilusão, até planejava em meus pensamentos, casar-me com ele um dia.
Esse rapaz, apesar de exteriormente ser muito bonito, não era o que eu tinha pedido a Deus. Não tínhamos um namoro com compromisso sério, não tínhamos muito tempo para ficar juntos, não tive oportunidade de conhecê-lo muito bem, nem de conhecer sua família, não compartilhávamos dos mesmos ideais e dos mesmos sonhos. Nossos mundos eram completamente distintos. Tudo isso me fazia recordar de quando eu tinha nove anos de idade e fiz uma lista para Deus e nela dizia como eu queria que fosse meu esposo. Foi minha mãe que me ensinou a fazê-la e orar pela mesma, agradecendo a Deus pelo esposo que Ele já havia preparado para mim, um homem segundo o coração de Deus. E um dos meus pedidos a Deus, era que eu queria que meu esposo tivesse a sua altura superior a 1,90, para ser mais específica, que fosse quase do tamanho de uma porta, e que tivesse os olhos da cor do céu, ou do verde dos mares, para que eu os pudesse olhar todos os dias. Que tivesse os cabelos claros e que fosse claro de pele, e os requisitos interiores: que fosse meigo, gentil, amável, carinhoso, romântico, inteligente, e um servo fiel a Deus, e que tocasse violão. Quando fiz esta lista e a entreguei com fé a Deus sempre pensava: Será que existe um homem assim, que possua todas estas características? Será que um dia vou encontrar meu ungido? Mas em meu coração eu tinha confiança que o meu Deus poderia me dar um esposo assim, pois Ele é o Deus do possível.Mas, quando conheci esse rapaz nos Estados Unidos e por quem me apaixonei, percebi que ele não se encaixava em nenhum dos requisitos que eu havia especificado em minha lista. Apesar disso tudo, eu não queria enxergar. Havia me esquecido dos meus sonhos de criança e do pedido que havia feito a Deus. Mas Deus não se esquece de nossas petições. Eu me iludi, pois aquele jovem era bonito, rico, filho de mexicanos, criado nos Estados Unidos, falava inglês e espanhol, era divertido, simpático e estava apaixonado por mim. Por que não me serviria? Havia feito um mundo de ilusões em torno dele.Na adolescência, as pessoas se apaixonam tão intensamente que não conseguem enxergar o que é bom e o que é ruim. Não se importam com o que Deus preparou para elas e não confiam na sabedoria de Deus. Chegam a pensar que porque elas têm o livre arbítrio podem escolher o que quiserem e que Deus não interfere nessas coisas do coração. Como se enganam, pois Deus sabe o nosso futuro e o que é melhor para nós. Quando nossas vidas pertencem a Deus, Ele tem o controle de tudo. Desde o ventre de sua mãe, Ele já preparou a pessoa certa para você e que vai ser bênção para a sua vida. Saiba que nem um fio de cabelo de sua cabeça cai, sem que Deus permita.Você, que está lendo este livro agora, se você ainda não encontrou seu verdadeiro amor, peça-o a Deus, faça uma lista especificando seu exterior e principalmente seu interior que é o mais importante, e ore todos os dias agradecendo, como se Deus já lhe tivesse dado. Saiba que Ele tem alguém preparado para você E acredite nisso. Isso funciona, e pode ter certeza que Ele vai lhe dar o melhor. É claro que você tem o livre arbítrio, por isso tem que pedir a Deus que o ajude a discernir quando esta pessoa entrar em sua vida. Se for o propósito de Deus, tudo vai dar certo. E não se esqueça de examinar sua lista para ver se tudo se encaixa perfeitamente, pois Deus, quando traça um plano na vida de uma pessoa, Ele fecha todas as encruzilhadas que parecem o caminho certo, para abrir o portão da bênção prometida. Foi assim que Ele fez na minha vida.De repente tive que voltar para o Brasil, fechar a matrícula na escola em que estudava nos Estados Unidos e assim me despedir dos amigos e do meu namorado. No momento da despedida senti que seria para sempre.Tive que vir renovar o meu visto que havia vencido. Poderia ter ficado ilegal no país, mas meu coração não tinha paz. Eu sentia uma dor tão grande no meu coração, uma inquietude, uma ansiedade, um nó na garganta, não conseguia parar de pensar na decisão que deveria tomar. Sentia Deus me empurrando, me dizendo para voltar. Era uma luta entre meus sentimentos e a vontade de Deus. Por um lado pensava em meus estudos, meus amigos, meus tios que se haviam tornado minha segunda família, meus primos que eram como irmãos, a igreja que eu aprendera a amar, e meu namorado, que eu tinha medo de perder e nunca mais vê-lo. Mas do outro lado estavam meus pais. Não poderia viver lá sem saber quando voltaria para vê-los, e meus irmãos que eu tanto amava, meus familiares, e também não poderia estar ilegal num país, sendo que meus pais eram advogados, cumpridores e defensores da lei e da justiça. Que dúvida cruel! Que escolha deveria fazer? Eu decidi voltar. Escolhi minha família apesar de estar apaixonada. Meu amor por meus familiares era maior do que tudo na minha vida. Eu tinha fé que voltaria, mas nem imaginava o que estava por vir.Uma grande amiga minha chamada Gladys fez uma pequena despedida para mim. Meu namorado estava muito triste e me pediu muito para não voltar, pois ele sentia que eu jamais retornaria.Coloquei minha melhor roupa, fiz apenas uma mala e disse a ele que não se preocupasse, pois dentro de um mês estaríamos juntos novamente. Isso era o que eu acreditava que aconteceria.Ele me levou até o aeroporto e estava muito triste e nervoso. Despedi-me dele com lágrimas nos olhos, despedi-me de minha prima e de seu namorado que era meu amigo e melhor amigo do meu namorado também, e entrei pelos corredores do aeroporto.Olhei para trás pela última vez e ele gritou: Baby, I Love you! E entrei chorando no avião. Foi a última vez que o vi.Ele disse para minha prima: esta não volta mais. Minha prima deu de ombros, pois não sabia o que aconteceria, mas foi exatamente isso que aconteceu.Vim chorando o voo todo e perguntando a Deus porque eu estava voltando, porque eu precisava fazer isso. Ali dentro mesmo, já estava arrependida de ter entrado naquele avião, mas agora era tarde demais. Eu não entendia, naquele momento, como pude ser capaz de deixá-lo ainda que fosse por um mês. Como eu poderia ter tanta certeza de que voltaria? Bem, eu não tinha certeza, e no fundo eu sabia, por isso não entendia o que estava fazendo. Mas logo eu entenderia.Então, quando cheguei, dentro de alguns dias, fui direto para o consulado renovar meu visto. Usei todos os meus argumentos, crente de que receberia o visto, mas eles negaram. Incessantemente fui ao consulado durante seis meses, levava papéis da escola, cartas do diretor pedindo que eu voltasse para terminar os estudos, mas meu esforço era em vão. Eles negavam sempre. Deus havia fechado definitivamente, todas as portas.Foi nesses meses que eu entrei em profunda depressão. Não conseguia esquecer aquele país, não conseguia esquecer aquele rapaz e tudo isso me fazia não querer mais viver. Não entendia porque Deus havia fechado as portas.Achava que a vida terminara, pois não poder voltar para o país que eu amava, e sofrer pelo sentimento que tinha em meu coração por aquele rapaz me fazia sofrer muito.Tinha perdido toda razão de viver, tinha perdido a vontade até mesmo de ver o sol. Entrei em depressão por causa de um sonho que havia desmoronado, uma paixão que havia perdido, pois ele não me esperaria por muito tempo. Tudo isso eram coisas que eu havia desejado a vida inteira, e não poderia mais ter.Mas, não conhecia os planos de Deus. Aquilo não era o melhor para mim. Ele conhecia e conhece o futuro e eu só via o que estava debaixo do meu nariz. Lutei com Deus e cheguei a desejar a morte se não pudesse ter de volta o que achava que era o meu melhor. Tive vontade até de me suicidar, não o fiz porque o amor que tinha pelos meus pais e irmãos eram maiores que meu sofrimento e não achava justo fazê-los sofrer. Queria sofrer sozinha, lá no meu quarto, na prisão de tristezas, no calabouço de angústia que eu mesma havia feito para mim. Chorava tanto que não havia mais lágrimas nos meus olhos. Meus ossos doíam de tanto chorar e lutar com Deus. Eu dizia a Ele para não se intrometer, era meu desejo, era meu livre arbítrio, eu queria voltar. Deitada, no mármore frio, com o rosto no chão, prostrada, eu passava dias e noites chorando e chorando. Mas Deus teve misericórdia e nem se importou com a insensatez do meu querer, pois, sabia que no futuro viria a agradecer-lhe por me ter livrado de um sonho que se tornaria um pesadelo.Fiquei aproximadamente seis meses em depressão, não queria comer, nem sequer queria sair do meu quarto. Perdi sete quilos dos poucos cinquenta e dois quilos que tinha na época.Eu lhe escrevi muitas cartas, recebi umas duas ou três, ele me fez alguns telefonemas e de repente sumiu.Escrevia duas ou três cartas por semana, tentava ligar para a casa dele quase todos os dias, mas nunca me deixavam falar com ele, e minhas cartas nunca foram contestadas.O sofrimento de não saber o que estava acontecendo era consumidor.Minha tia mudara-se de casa e de cidade e também perdera o contato com ele, e eu não havia trazido nenhum telefone de minhas amigas, pois acreditava que em um mês estaria de volta.Perdi tudo. Meu namorado, amigos, estudos, igreja, minhas roupas e muitas coisas que havia comprado, e a minha maior perda eram os meus sonhos que haviam sido destruídos.Nunca soube o que aconteceu, porque ele sumiu, e nunca mais me procurou. Fiquei com um ponto de interrogação por muitos anos em minha mente. Tive que arrancar todos os meus sentimentos na marra, com todas as forças, e lutar a cada dia para esquecer o que deixara para trás e seguir adiante.Foram dias e dias de profunda dor e grande sofrimento. Por que uma pessoa que dizia que me amava tanto e que sofrera tanto com minha partida, de repente sumira de minha vida sem dizer a Deus?Para seguir adiante, fiz algumas deduções em minha mente. Ele tinha tido uma namorada que havia engravidado dele e no nosso namoro ela estava sempre tentando nos separar. Presumi que quando eu o deixei, ela deve tê-lo seduzido, e por ter tido um filho com ele talvez ele achasse melhor se casar com ela. Esses pensamentos se confirmaram depois de meses, quando recebi uma carta dela dizendo que ela havia queimado todas as minhas coisas e que era para eu esquecê-lo, pois eles iam se casar, e ela estava grávida novamente. Eu não podia acreditar nisso tudo, mas como ele não contestava, era a única verdade que eu tinha para me apoiar e deixar de sofrer por ele. Esquecê-lo foi a coisa mais difícil que tive que fazer em minha vida. Mas Deus me ajudou e vou contar-lhes como foi.Eu não entendi por muito tempo. Depois de alguns meses Deus fez uma reviravolta em minha vida e comecei a entender porque eu tive que voltar para o Brasil.Terminando as últimas páginas desse livro, descobri toda verdade. Após 20 anos, Deus me permitiu saber a verdade que por muitos anos fiquei sem saber, apenas deduzi e cri nos propósitos de Deus, mas agora com toda certeza sei que Deus fez o melhor em minha vida. No final deste livro contarei como soube a verdade e o que vim a descobrir.Até então, o que eu sabia era que Deus tinha outro plano melhor na minha vida. Tinha preparado um esposo maravilhoso para mim, que não me faria sofrer, que não me afastaria de Deus, pelo contrário, seria um instrumento usado para me aproximar mais e mais do Senhor Jesus.Um dia parei de lutar contra as ondas do mar. Cansei de lutar em vão, entreguei meus fardos e anseios a Deus e só quando lancei tudo em seus braços, veio a minha bênção. Conheci o meu ungido, que precisava ouvir sobre o Salvador do mundo, pois ele estava num mundo triste e vazio.E, apresentando a solução para seu vazio interior, Jesus mostrou-me, com todo seu poder, que Ele era também a única solução para minha depressão e que Ele tinha um plano para mim aqui no Brasil. Não adiantava eu lutar, meu príncipe encantado era brasileiro. E realmente, Ele fez uma obra completa em meu viver, salvou meu esposo, (que na época era meu namorado) e curou-me da depressão.Deus está sempre pronto a nos abençoar, mas nós, tão falhos e limitados, não enxergamos e ficamos sempre lutando, e lutando em vez de entregarmos a Ele nossos anseios.A ansiedade é como uma chuva forte, que acontece quando você não espera, e lentamente escurece um dia lindo de sol deixando o tempo tenebroso, difícil e perigosa a caminhada por causa das trovoadas que nos aterrorizam, e aí ficamos sem saída, sem visão e sem direção. O melhor a fazer é não tentar enfrentar as chuvas fortes, mas esperar tudo se acalmar.Na palavra de Deus está escrito: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Talvez você esteja vivendo momentos de chuvas fortes e não sabe que direção seguir. O melhor é esperar que Deus limpe o tempo, ilumine seu caminho e dê direção para você seguir sua vida.Foi assim que aprendi, que a depressão e a ansiedade pelo que acontecerá amanhã atrapalham o nosso dia chamado hoje.Deixei ser guiada por Deus, aprendi a obedecer a vontade Dele que é o melhor para as nossas vidas e Deus me mandou a resposta para acabar com minha ansiedade. Naquele dia radiante, deixei Deus compor a melodia da minha vida, atentei para seus planos, Ele marcou o compasso da música, retirou a pausa e deu as notas que faltavam para concluir a melodia que me traria tanta alegria, e a provação passou.Chegou o dia. Foi quando conheci o amor da minha vida. Ainda estava em depressão, mas naquele dia especial, minhas amigas e minha irmã me convenceram a sair um pouco. Eu não queria sair, mas minha mãe me levou a uma loja pra comprar uma roupa nova e bonita para ir ao casamento de um amigo. Depois de tanta insistência eu saí com elas à noite (a noite mais especial da minha vida), mas eu nem imaginava que aquela seria a noite que mudaria minha história para sempre...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
OBRIGADA MEU DEUS POR ME PERMITIR VIVER MAIS ESTE DIA!!
OBRIGADA POR ME SAUDAR NESTA MANHÃ COM O SOL QUE ENTROU PELAS FRESTAS DA MINHA JANELA... OBRIGADA PELA NATUREZA QUE ATRAVÉS DE SEUS LINDOS PÁSSAROS DECLARAM SUA GLÓRIA E PODER QUANDO ELES CANTAM PARA MIM TODAS AS MANHÃS... OBRIGADA POR SER SER TÃO PODEROSO E ONIPOTENTE MAS APESAR DE TANTA MAJESTADE ÉS MEU DEUS, MEU PAI, MEU AMIGO, MEU SALVADOR, MEU PROTETOR...
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Qual é a cor do amor?
Qual é a cor do amor?
A
maçã é vermelha.
O sol é amarelo,
O sol é amarelo,
O céu é azul.
A folha é verde.
A nuvem é branca...
e a pedra é cinzenta.
O mundo tem muitas coisas...
o mundo tem muitas pessoas...
o mundo tem muitas cores...
e cada uma delas é diferente.
No jardim
as flores são de diferentes cores,
mas vivem felizes juntas...
uma do lado da outra.
Na floresta
os pássaros são de diferentes cores,
mas vivem felizes juntos...
um ao lado do outro.
Em nosso mundo
as pessoas são de diferentes cores,
e, às vezes, vivem felizes juntas...
uma ao lado da outra.
As cores estão no "exterior" das coisas
e os sentimentos no "íntimo" das coisas.
A cor é algo que vemos com os nossos olhos,
mas o amor é algo que vemos
com o nosso coração.
A maçã é vermelha,
o sol é amarelo,
o céu é azul,
a folha é verde,
a nuvem é branca...
e a terra é marrom.
E, se te perguntasse,
serias capaz de dizer...
QUAL É A COR DO AMOR?
serias capaz de dizer...
QUAL É A COR DO AMOR?
Sim, eu responderia:
É da cor do arco-íris...
Colorido!!!!
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Se apaixonar. Rir até o rosto doer. Um banho quente.
Um supermercado sem filas.
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